sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Essa briga realmente existe?

Inspirado por alguns tweets relacionados sobre o assunto, decidi escrever minha opinião sobre esse assunto, a “eterna” rivalidade entra ciência e religião.

Algo que devemos deixar bem esclarecido, para seguir alguma religião é preciso ter fé, e ter fé, significa aceitar algo sem evidencias. Já a ciência não tem ligação alguma com religião, apenas alguns pontos como idade da Terra, surgimento da vida, e outros conceitos. Tirando isso, o resto e mera especulação religiosa.

Venho aqui para defender a inexistência de uma real ligação entre ciência e religião (algo que realmente possa ser chamado de “ligação”), não pode haver ligação entre as duas, pois seus campos não competem. A ciência estuda baseado em observação e experimentação, formulando teses, teorias e conceitos. Já a religião, aceita conceitos sem questiona-los, ou seja, eles mantem conceitos éticos e morais, impostos por meio de seus dogmas.

A ciência estuda, e a religião deturpa. Como eterno defensor do conhecimento posso dizer, é IMPOSSIVEL TER FÉ NA CIÊNCIA, ela só sobrevive, pois está em constante mudança e auto ajuste, conceitos que movem o avança cientifico. Seria impossível que a ciência fosse alguma detentora de fé, pois isso implica em não mudar, rejeitar as evidencias e fatos, assim tirando sua autonomia de poder ajustar, eliminar o máximo possível de erros.

Usarei um exemplo para mostrar a ligação entre a inexistência de ligação entre religião e ciência:

“João, um garoto da 4° sério do ensino fundamental, passa horas jogando futebol de botão (ironicamente com seu avó), após as aulas, mesmo sabendo que não tem o menor jeito para cálculos. Sabendo que na segunda tem prova de matemática, ele se programa para estudar o final de semana e tentar ter um bom desempenho, mais acaba sendo atraído pelo jogo, assim deixando seus planos de estudar de lado. Chegando na segunda ele lembra da prova e se desespera. Perto do horário de inicio da prova, João reza para seu Deus para tentar desesperadamente tirar uma boa nota”

Como poderemos analisar essa breve historia, para mostra a ineficácia de comparação entre religião e ciência?

Podemos começar vendo o tipo de ligação entre estudar e rezar. Para rezar, bastam alguns ingredientes, e ai vão eles;  uma pitada de fé(do tamanho de um grão de mostarda deve bastar) e imaginação (o suficiente para imaginar algum ser onipotente, onisciente e onipresente). Já para estudar, deve-se; achar alguma fonte para obter um conhecimento prévio, depois praticar aplicando o conhecimento já adquirido, ou seja, testando a “teoria”.

Com isso podemos ver que os fatores envolvidos na religião e não ciência, não tem ligação alguma. Então digo, NÃO EXISTE GUERRA ENTRE CIÊNCIA E RELIGIÃO.

Mundo Universitário, a visão deturpada.

O sonho de ingressar em uma boa faculdade no Brasil parece cada vez mais distante aqui no Brasil, principalmente pelo fato de que o conceito de universidade de deturpou de tal maneira que crocodilo virou “coco de grilo” (do modo mais vulgar possível). Nossos aclamados estudantes universitários tem o pensamento de que o ingresso em uma universidade automaticamente lhe provera uma vaga no mercado de trabalho, o que sabemos que é uma grande ilusão, os centros acadêmicos servem exclusivamente para gerar conhecimento. Então o que muda o foco de nossas universidades é o pensamento dos universitários, além de nossos professores despreparados (o que não é uma realidade exclusiva das universidades).

Então a solução teórica é extremamente simples, o nosso problema é que não temos estrutura, seja economia ou intelectual para gerir esses planos. Nossos estudantes que pensam em entrar na universidade para adquirir e desenvolver conhecimento estão saindo do país devido a nossa falta de estrutura, uma solução que o governo achou (que por sinal é uma ideia brilhante) foi o programa Ciência sem Fronteiras, no qual nossos estudantes que veem oportunidades.

Outro aspecto do estudante brasileiro é a ineficácia em estudar, eles simplesmente acham que os professores tem o dever de ensinar, quando se sabe que o papel do professor é explicar e em cima disso o aluno deve estudar para assim aprender.

Existe também a diferença entre aluno e estudante. O individuo é aluno enquanto assiste às aulas, e é estudante após as aulas aonde realmente ocorrera o estudar. Conceito que o Prof° Pier adaptou é “Aula dada, aula estudada HOJE” dando ênfase ao hoje, pois o que ocorre é que o aluno estuda apenas do dia anterior a prova, com isso ele lembra do conteúdo mais dias depois está tudo perdido, já o estudante estudada todos os dias em pequenas quantidades, quase que em “dose homeopática” e com isso não precisa estudar em cima da hora, além de que nossos estudante na maioria acham que se deve estudar na escola, só que nesse ambiente apenas se assiste a aula, para depois estudar (fora do  horário das aulas).

Por isso em grande parte os culpados por nosso sistema de ensino não é apenas o governo, mais sim o governo OS estudantes e A sociedade.